domingo, 15 de março de 2009

PROPAGANDA NAZISTA

Logo após o final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha vive novos dias, e uma grande revolução democrática se instala no pais. Em 1919, a Alemanha começa a viver conflitos sociais, quando surge um partido denominado de Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista), liderado por um ex-cabo chamado Adolf Hitler.
Em 1932, a Alemanha entra em colapso social, pois contava com mais de 6 milhoes de desempregados. Essa situação leva Adolf Hitler a despontar no cenário político, fazendo promessas para tornar a Alemanha um país rico e poderoso. O resultado nas eleições de 1932, foi esmagador. Seu partido, obteve 38% de votos a mais, em relação a qualquer outro partido. Esse resultado deu a Hitler um grande trunfo político, e o partido Nazista exigiu do então presidente, Von Hindenburg, o cargo de "Chanceler" (chefe de governo), para Adolf Hitler.
No poder, Hitler não perdeu tempo, fêz com que o parlamento aprovasse uma lei que lhe dava todo o direito de governar como quizesse, sem precisar dar qualquer satisfação de seus atos para ninguém. Garantido no poder, Hitler ordenou a dissolução de todos os partidos políticos, menos é claro o Partido Nazista. Com a morte de Von Hindenburg em 1934, Hitler torna-se presidente da Alemanha e com o título de FÜHRER (guia, condutor). Soberano no poder, Hitler dá início a que seria a mais cruel e desumana ditadura que a humanidade já teve conhecimento.


Para ter a credibilidade junto ao povo alemão, Hitler nomeia Joseph Goebbels para ser o "Ministro da Propaganda", e assim, manter um rígido controle sobre os meios de comunicação, escolas, universidades, produzir discursos, livros, símbolos, saudações, palavras de ordem nazista.



A Propaganda Política Nazista, foi um dos fenômenos marcantes deste século. Através dela, Hitler conseguiu que Áustria e Tchecoslováquia se juntasse ao "Reich", na queda da França, sem usar a força militar. Hitler percebeu que a propaganda seia uma arma das mais eficientes para os seus ideais. A propaganda deveria ser adequada na persuasão de pessoas menos favorecidas intelectualmente, uma comunicação totalmente dirigida às massas. Sempre explorando os sentimentos do povo, com uma dose de psicologia, pois o povo deixa-se influenciar mais pelo sentir, do que pelo pensar. A estratégia de Hitler era que, toda propaganda deveria sempre focar pequenos pontos, pois o poder compreensão do povo, era muito limitado, mas que elas deveriam ser repetidas muitas vezes, assim explica os fatos de que todos os gritos de guerra e as saudações eram repetidos diversas vezes. Somente fazendo essas repetições, é que o povo começaria a acreditar que aquelas palavras, era de algo que faria a Alemanha uma nação grandiosa. Outro aspecto que Hitler gostava sempre de salientar, é que na propaganda, tudo é permitido, mentir, caluniar.


Com Goebbels no comando da propaganda, todas as ações se voltaram contra os judeus. Usando da psicologia, e da exaltação nacional, buscando um passado glorioso e ajudados pelo pós-guerra, os nazistas fizeram verdadeiros shows. Hitler adorava os grandes espetáculos, celebrações de massa. Era nelas que ele conseguia convencer as multidões a se tornar parte dessa organização. Para conquistar cada vês mais adeptos, Hitler usava muito da psicologia nesses eventos, e a multidão que se aglomerava para ver e ouvir seus discursos, se emocionava com aquele espetáculo. Cada vêz mais, aqueles que eram adeptos ao movimento se sensibilizava por ser um militante nazista. Não aderir ao movimento, era o mesmo que não fazer parte daquela comunidade maravilhosa.

Extremamente detalhista, Hitler era quem planejava suas entradas em cena, preocupava-se com a decoração do local e definia quais seriam as canções que fariam parte do espetáculo. Tudo aquilo era um ritual "Hitlerista", com grandes discursos, palavras fortes e encorajadoras, tais como:ódio, força, esmagar e cruel. Havia sempre um fotógrafo acompanhando a todos os lugares onde Hitler fosse. Qualquer ato, era motivo para ser registrado pelas câmeras, pricipalmente quando Hitler abraçava ou pegava uma criança no colo, aquilo sem dúvida, seria usado em uma propaganda a seu favor. Como era muito carismático, conseguia despertar nas pessoas um sentimento de
idolatria.


Na arquiteura, definiu Berlin como a "Capital do Império", e por isso seria o símbolo da grandiosidade deste império, e que pudesse resistir ao tempo, da mesma forma como as arquiteturas grego-romanas.

Definiu como sendo o cinema o grande meio para influenciar as massas. Os filmes eram sempre de teor nacionalista, e principalmente por transformar os judeus em demônios. Sempre houve perseguição contra os judeus na Alemanha, e o racismo do povo alemão contra os judeus, vem desde o fim do século XVI.
Numa análise de Hitler sobre o povo judeu, ele defende que os judeus nunca pensou em trabalhar a sua terra, eram totalmente voltados ao comércio, chegavam a um povoado com algumas mercadorias, emprestavam dinheiros as pessoas, intermediavam negócios, viviam apenas do trabalho dos outros, nunca pensavam no bem da comunidade.
Para se tornar mais poderoso politicamente, Hitler monopoliza o comércio, além também de conseguir mais dinheiro. Com isso, forma um estado paralelo dentro de um estado instituído.


A eficiência nazista provinha de conseguir convencer as pessoas de que os judeus eram de fato, responsáveis pelo estado caótico do país e da população. A propaganda atuava no sentido de canalizar as tensões geradas no mundo das relações sociais mais abrangentes para uma vítima evidente. As pessoas foram convencidas que matar judeus, era bom para elas e também para a nação. Principalmente porque os judeus estavam espalhados e organizados pelo mundo inteiro, com o objetivo de acumular capital enganando pessoas epor fim, dominar o mundo, tornando todos escravos.

A propaganda massacrava o povo judeu como sendo o mais abominável e terrível inimigo a ser derrotado. Para ilustrar o anti-semitismo, era uma campanha de erradicação do povo judeu, ou seja, era para que exterminasse tanto o povo judeu, como também a sua obra. Definidos os propósitos de exterminar os judeus, os alemães mataram milhões de judeus nos campos de concentração.
Quando falamos de propaganda nazista, é inevitável a lembrança da marca da Suástica presente em tudo, braçadaeiras, bandeiras, pinturas, enfim, em todos os lugares.
O significado da palavra sanscrita (SU=Bem e AST=Ser) signo do bom auspício, indicando fortuna e sucesso, é um símbolo quaternário (número das coisas temporais, símbolo do universo cósmico) cujas pontas, os segmentos verticais e horizontais representam a expansão e o dinamismo. Interpretam-na como símbolo do sol, fonte de vida e fecundidade. Desperta sentimentos com cunho sexual. Não é percebida, mas esta excitação faz parte do profundo inconsiente das massas.


Hitler dizia-se um grande admirador e fiel discípulo de Richard Wagner, criador da ópera Rienzi. A grandiosidade da cenografia do mestre da música inspirou Hitler aplicando a no terreno da política de massas, encenando todas as suas aparições como se fosse a entrada de um célebre tenor nos palcos de um teatro. Ele preocupava-se com os minimos detalhes para dar as circunstâncias que o envolviam, um ar de tragédia heróica e romântica, inspirada na mitologia nórdica. Não havia nenhuma sutileza nisso, chamou de propaganda mesmo e nunca escondeu esse procedimento de ninguém. De tão importante que era a propaganda para este novo regime, que em janeiro de 1933 criou-se o Ministério da Propaganda, que ficou a cargo do doutor Joseph Goebbels. Nesse regime absoluto e total, todos os aspectos que circundavam os cidadãos, nas ruas, edifícios, estádios, prédios públicos e privados, fábricas, escolas, tudo o que fosse impresso ou circulava no ar, deveria ser preenchido pelas mensagens, slogans e símbolos da propaganda nazista e de seu guia Adolf Hitler.

Para dar mais credibilidade e profissionalismo em suas campanhas, Hitler indicou Leni Reinfenstahl, uma atriz famosa e talentosa para que os documentários sobre o governo do Füher tivesse um aspecto espetacular e magnificante. Leni Riefenstahl empreendeu o feito de traduzir em linguagem cinematográfica duas vertentes poderosas que se ocultavam por detrás da imagem do Führer e que eram muito eficazes junto ao público alemão. A primeira delas vinha da tradição cristã que, tanto nos Evangelhos como no Livro do Apocalipse, deposita enormes esperanças na chegada de um salvador, de um messias. Hitler definitivamente tinha que ser apresentado assim. Portanto, logo que o filme de Leni começa, vê-se o aeroplano dele aproximando-se como se viesse de algum lugar celestial. O avião logo circunvoa o estádio repleto para dar sinal que a parusia em breve estava para se consumar, o encontro do enviado de Deus com os seus logo se daria. Quando Hitler adentra no estádio em meio a uma multidão tremenda, estimada em 200 mil milicianos de todos os cantos da Alemanha, arregimentados em duas grandes alas, assemelha-se a um Moisés cortando a passo as águas do Mar Vermelho para ir conduzir o seu povo, liberto do algoz estrangeiro, à terra prometida, ao império da nova ordem nacional-socialista.
A outra vertente advinha do herói da mitologia teutônica, Siegfried, o lendário guerreiro que acompanhado dos mil nibelungos, depois de incríveis aventuras e feitos extraordinários, mata o dragão na beirada do Rio Reno, livrando os seus da desgraça. Nada mais adequado do que encaixar o Führer como a ressurreição do cavaleiro audaz que abate as forças do mal - o comunismo, o liberalismo, o expressionismo, o judaísmo, expressões diversas de um nocivo antigermanismo -, preservando para o futuro a integridade moral, ideológica e racial dos arianos. Hitler aparece pois como a simbiose dessas duas legendas, a do messias e a do herói.
Hitler surgia nas telas do documentário como um divisor de águas da Alemanha moderna. Aquele que com sua determinação inquebrantável afastara as sombras das humilhações passadas (as punições do Tratado de Versalhes) para apresentar ao seu povo um futuro luminosos, radiante, pleno de realizações e imortais façanhas (a aventura do Estado nacional-socialista). Hitler era o Partido Nazista, ele era a Alemanha, sua tarefa era conduzi-la para dirigir o mundo, Hitler era invencível. Somente ele era um indivíduo, sendo que os demais alemães se dissolviam num imenso mecanismo unido para servir ao seu Führer.O ministro da Informação e Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, fez um discurso em Berlim em que afirmou a supremacia da civilização italiana e alemã. O pronunciamento foi feito durante a inauguração de uma série de transmissões radiofônicas comuns entre os dois países. "A América foi descoberta pela Itália, disse o ministro, e se hoje são impressos livros e jornais é por que o alemão Guttemberg inventou a imprensa". A mentira e a manipulação eram as principais armas da propaganda de Goebbels, e foram um dos pilares de sustentação do nazismo. O braço direito de Hitler estimulou a realização de numerosos crimes, como a Noite dos Cristais, em 1938, quando 90 judeus foram assassinados e mais de 20 mil presos e enviados para campos de concentração. Durante o massacre foram destruídas sinagogas, casas e lojas da comunidade judaica. A operação foi montada para vingar o assassinato de um diplomata alemão em Paris por um jovem comunista judeu. O ministro de Hitler manipulava as massas com extrema habilidade. No discurso proferido no Palácio dos Esportes Gobbels exortou os alemães a se lançarem em uma batalha final. Na época, a Alemanha estava em ruínas e a sorte da guerra estava se voltando a favor dos aliados. O pronunciamento do Palácio dos Esportes foi gravado com destaque para os aplausos, e posteriormente foi transmitido pelas rádios, com a intenção de empolgar os ouvintes e os soldados no campo de batalha.
Sob orientação de Goebbels também foram queimadas obras de escritores liberais, pacifistas e socialistas, considerados contrários à política de Hitler. O ministro criou o requerimento de ancestralidade ariana, que visava banir os judeus de atividades culturais e coibir os casamentos mistos. Goebbels foi ao lado de Himmler um dos homens mais poderosos da Alemanha Nazista. Como ministro da propaganda organizou o culto à personalidade do Führer – o líder – além de criar e tornar obrigatória a saudação Heil Hitler entre os integrantes do partido nazista. Com técnica e astúcia, conseguiu transformar o trauma da derrota na Primeira Guerra e as imposições à Alemanha do Tratado de Versalhes em combustível para a política expansionista nazista. Poucas horas depois de Hitler ter-se suicidado, em 1945, Goebbels, que tinha sido nomeado seu sucessor, se matou junto com a sua mulher, depois de ter assassinado os seis filhos do casal.

FRASES

• A propaganda jamais apela à razão, mas sempre à emoção e ao instinto.

• Pode ser bom possuir o poder baseado na força, mas é melhor ganhar e segurar o coração das pessoas!
• De tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade.


A ARTE DA PROPAGANDA

São inúmeras as considerações que Hitler teceu em "Mein Kampf" sobre a propaganda de massas. Existem pelo menos dois pontos que devem ser ressaltados por sua importância: o primeiro diz respeito à própria visão de Hitler sobre o quê veicular, levando em conta o que ele pensava sobre as condições médias do receptor a ser atingido. O segundo ponto diz respeito à técnica mesmo, que chegou a níveis impressionantes de aproveitamento, tanto na etapa de preparação para o poder quanto após a sua conquista.
Hitler considerava que a propaganda devia sempre ser popular, dirigida às massas, desenvolvida de modo a levar em conta um nível de compreensão dos mais baixos. "As grandes massas", dizia ele, "têm uma capacidade de recepção muito limitada, uma inteligência modesta, uma memória fraca". Por isso mesmo, a propaganda devia restringir-se a pouquíssimos pontos, repetidos incessantemente. Se eram muitos os inimigos a serem atacados, para não dispersar o ódio das massas, seria preciso mostrar que eles pertenciam à mesma categoria, não ficando assim individualizando o adversário.
O essencial da propaganda era atingir o coração das grandes massas, compreender seu mundo maniqueísta, representar seus sentimentos. A massa seria como a mulher, cuja sensibilidade não captaria os argumentos brutos, de natureza abstrata, mas seria tocada por uma "vaga e sentimental nostalgia por algo forte que as complete".Tudo interessa no jogo da propaganda: mentiras, calúnias, falsidades... Para mentir, que seja grande a mentira, pois assim sendo, "nem passará pela cabeça das pessoas ser possível arquitetar uma tão profunda falsificação da verdade". Lembremos da célebre frase de Goebbels, dizendo que "Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade". Com essas considerações, os nazistas dariam à propaganda um tratamento de longo alcance, do qual nem a produção artística escaparia.

RATOS E BARATASDe forma peculiar e engenhosa, Josef Goebbels conseguiu transformar o trauma da derrota na Grande Guerra num aditivo para a política expansionista nazista. "Chegou a hora de nosso país exigir seu direito histórico na Europa. O elevado destino da raça superior se aproxima. O povo tem de desejar sacrificar-se pela glória do Reich. Qualquer conforto deve ceder lugar à necessidade de armas", afirmou ele. Alinhado com a política anti-semita de Hitler, também propala efeitos nocivos da presença dos judeus na Alemanha - em alguns casos, conclama a população a agir contra estes. Não custa lembrar que foi ele o mentor intelectual da Kristallnacht, a infame "Noite dos Cristais", em novembro do ano passado, quando a população, para retaliar o atentado cometido por um jovem judeu a um diplomata alemão, foi convocada a destruir sinagogas, lojas e casas da comunidade judaica. O resultado: 90 judeus assassinados e mais de 20.000 presos e enviados para campos de concentração. "Bravo, bravo", celebrou o ministro - que em suas propagandas refere-se aos judeus como "ratos" ou "baratas" -, ao tomar conhecimento do desfecho do levante. Brilhante escritor, orador hipnótico, Goebbels, nascido em berço católico na cidade de Rheydt, em 1897, incluiu o Führer como um vértice extra em sua Santíssima Trindade. Sua fidelidade a Hitler é canina. Passagens dos diários de Goebbels revelam uma admiração transcendental pelo líder: "Ele é um gênio. O instrumento natural e criativo de um destino determinado por Deus. Ele é como uma criança: gentil, bondosa, piedosa. Como um gato: astuto, esperto, ágil. Como um leão: gigante e imponente". Mas que ninguém se engane com essas comparações pueris: Goebbels é, mais do que ninguém, uma fera a serviço do Reich. Na Polônia, suas transmissões de rádio e técnicas de guerra subversiva - incluindo ameaças de uma quinta coluna pronta a atacar em território invadido - ajudaram a minar as resistências do inimigo. Se depender do Ministro da Propaganda, o Führer já pode pegar o pincel e começar a treinar a assinatura: sua grande obra-prima será concluída em breve.


A SEMIÓTICA DA PROPAGANDA NAZISTAPoster de propaganda do Partido Nazista, veiculado em setembro de 1930. A campanha resultou na eleição de 107 deputados nazistas que prometiam reerguer a Alemanha.
A Alemanha perdeu terras e saiu humilhada da Primeira Guerra Mundial, que terminou em 1919. No mesmo ano foi criado o Partido do Trabalhador Alemão, que em 1920 trocou o nome para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Este partido definiu seu programa político, caracterizado pelo anti-semitismo, extremo nacionalismo e críticas ao capitalismo internacional. Foi em Adolf Hitler, violentamente nacionalista e anticomunista, que o partido encontrou um líder. No processo eleitoral de 1930, a Alemanha estava extremamente fragilizada pela crise de 29 e o Partido Nazista reforçou sua ação propagandística baseada no ataque aos "inimigos do povo alemão”. O resultado das eleições daquele ano foram 6,5 milhões de votos, elegendo 107 deputados ao Parlamento pelo Partido Nazista. Analisando a história podemos constatar que a comunicação tem poder de persuasão sobre a massa. A imagem do pôster da campanha do Partido Nazista resume a ideologia no nazismo e influência que uma imagem pode fazer nos eleitores, já que muitos deputados foram eleitos nesta campanha. Este artigo pretende analisar os signos do pôster que passa a mensagem do nazismo.



ANÁLISE SEMIÓTICA DO POSTERS
Segundo Charles S. PIERCE, um signo é aquilo que, sob certo aspecto ou modo, representa algo para alguém. Dirigi-se a alguém, isto é, cria, na mente desta pessoa, um signo equivalente, ou talvez um signo mais desenvolvido. Ao signo assim criado denomino interpretante do primeiro signo. O signo representa alguma coisa, seu objeto. A imagem do pôster traz vários signos. Após observar a significação dos elementos desenhados chega-se ao entendimento de uma mensagem: a eleição do partido nazista trará a eliminação dos inimigos do povo alemão, eles têm o poder de acabar com a miséria e a humilhação depois da Primeira Grande Guerra. Peirce ainda classifica os signos em três tipos: ícone, índice ou símbolo. Define Peirce (2000, p. 74), Um símbolo é um signo que perderia o caráter que o torna um signo se não houvesse um interpretante. Tal é o caso de qualquer elocução de discurso que significa aquilo que significa apenas por força de compreender-se que possui essa significação. A cobra morta pela espada e jorrando sangue é a idealização da força do nazismo contra os inimigos da Alemanha. A espada é o símbolo do partido, que culpa os judeus e os comunistas pela derrota do exército germânico tido como invencível até então. Na cabeça da cobra podemos ver a estrela de David, que é um símbolo judeu, exatamente no lugar onde a espada está matando a serpente. O sangue que jorra da cobra é representado por palavras que estariam “circulando” dentro dela. A cobra é um signo que tem várias significâncias, é um animal que rasteja e é rápido, podendo representar os inimigos que se infiltraram na Alemanha causando a derrota. Da cobra morta sai o sangue em palavras como: usura, Versailles (tribunal que julgou e condenou a Alemanha após a WW I), Inflação, Bolchevismo, Barmat, Kutisker, Sklarek (três judeus envolvidos em grande escândalo financeiro), prostituição, terror, etc.Na lingüística onde a pragmática ocupa-se da relação dos signos com seus interpretes, diz Peirce (2000, p. 194), [...] mas o pragmatismo não se opõe a dizer no que consiste os significados de todos os significados dos signos, mas, simplesmente, a estabelecer um método de determinação dos significados dos conceitos intelectuais, isto é, daqueles a partir dos quais podem resultar raciocínios.O poster da campanha trazia elementos para que o povo acreditasse que a vitória do Partido Nazista traria a prosperidade, pois, afinal eles derrotariam o monstro que ameaçava o país. A figura da cobra morta por uma espada não significaria nada sem a interpretação das pessoas, de partes sutis como a estrela de David, que é um símbolo real, um selo de realeza representativo do reinado de David sobre a Terra. As palavras saindo como sangue da cobra, seriam nomes soltos, sem este contexto nada significariam. Sabemos que a política nazista resultou na morte de cerca de seis milhões de judeus, mas na época desta campanha a Alemanha encontrava-se extremamente desestruturada. O tratado de Versalhes, no qual perdeu território e algumas colônias ainda humilhava a população. Era 1930 e os resultados da crise de 29 estavam evidentes, a produção industrial e agrícola caíra pela metade e a população precisava de um governo forte para se apoiar, precisa de um monstro para colocar a culpa e um herói para matar este mosntro. Colocando a culpa nos judeus e comunistas, o Partido Nazista, na figura do Fuhër Hitler, fez o povo acreditar que o país ia se reerguer e que tempos bons e prósperos estavam por vir.

MINHA OPNIÃO
Como pode alguém na plenitude da sua consciência, criar uma estrutura gigantesca para que assumindo o poder de uma nação, criar argumentos de maneira que a grande maioria da população acredite que é necessário o extermínio de toda uma raça, pelo simples fato que aquele povo não merece viver por querer se aproveitar de outros povos. As atitudes de Hitler extrapolam a Ética. Extrapolam também o mínimo de senso que um ser humano necessita para conviver com outras pessoas. Foi no mínimo uma atitude de uma mente doentia, uma ação planejada em toda a sua essência. Nos dias de hoje podemos dizer que alguns nomes que estão entre os mais radicais seres que habitam ou já habitaram este planeta, e que também tiveram atitudes que levaram a morte de muitas pessoas inocentes, como Idi Amim Dada, e-ditador de Uganda, Osama Bin Laden, e até mesmo George W. Busch, que na visão de muitas pessoas foi um grande responsável pela morte de muitas pessoas no oriente, bem como a de muitos americanos, sejam eles soldados enviados para a guerra, criada pelo próprio Busch, como também de inocentes americanos durante o atentado de 11 de setembro, num ato que serviu de represália de terroristas mulçumanos. Outros nomes também podem fazer parte desta lista, Fidel Castro que manteve seu próprio povo durante décadas réfem no seu próprio solo, Sadam Hussein, ex-ditador capturado, julgado pelos seus crimes, condenado e executado a morte, através de um enforcamento, que chocou o mundo, mesmo sabendo que suas atitudes sempre foram de um bárbaro e que muito prejudicou seu povo em benefício próprio.
Mas nenhum deles, por mais que tenham prejudicado milhões de pessoas ao longo dos anos e mostrou o quanto eles foram covardes em suas ações, jamais ninguém chegou perto do que Hitler fêz. O Holocausto, foi algo abominável, e que por mais que ainda hoje muitos não acreditam que foram exterminados 6 milhões de judeus, pois é um número muito elevado, e que no máximo foram 1,5 milhão de pessoas, mesmo assim foi um ato insano, terrível, desumano. E se Hitler não tivesse cometido o suicídio, e fosse levado a julgamento, não existiria uma pena compatível, que pudesse castigá-lo pelos seus atos.

Milton Antonio Lebre, 51 anos, estudante do terceiro semestre do curso de Comunicação Digital - Criação e Produção Gráfica, na Unip - Campinas (SP)


Fontes de pesquisa:(http://nazismo.netsaber.com.br/index.php?c=206 – 22/02/2009)
(nazismo.netsaber.com.br/index.php?c=207- 22/02/2009)
(http://nazismo.netsaber.com.br/index.php?c=208 – 22/02/2009)
(http://nazismo.netsaber.com.br/index.php?c=212 – 22/02/2009)
(http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/propaganda.htm - 22/02/2009)
(http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/propaganda2.htm - 22/02/2009)
(http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/propaganda3.htm - 22/02/2009)
(http://jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=11055 – 22/02/2009)
(http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/leni.htm 22/02/2009)
(http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/leni2.htm - 22/02/2009)
http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/edicao001/perfil.shtml - 22/02/2009)
(2.bp.blogspot.com/.../propaganda+nazista+2.jpg – 22/02/2009)
(www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/goebbels.html - 22/02/2009)
REFERÊNCIAS - PEIRCE, Charles S. Semiótica. Perspectiva, 2000.


Um comentário:

  1. ola Milton.....Parabens!!o seu artigo está de tirar o chapéu.......Perfeito.

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